Vivemos um momento de inflexão na geopolítica e na forma como entendemos as sociedades. A análise da Al Jazeera sobre a “estratégia coletiva” chinesa sinaliza algo maior do que o simples reforço do soft power. Revela uma mudança de paradigma na relação entre indivíduo e Estado.
Enquanto o Norte Global, por séculos, ditou o padrão de administração política e econômica, hoje vemos outras regiões — e, em especial, a China — apresentarem modelos alternativos de governança, pautados em tradições coletivistas milenares.
Essa opção não nasce do nada. O coletivismo chinês tem raízes no confucionismo e em dinastias que, por mais de dois milênios, articularam identidades internas ao redor de valores compartilhados. No início do século XX, essas tradições deram forma a uma noção de “identidade nacional” construída em sem apagar as especificidades étnicas e regionais. O resultado é um sistema capaz de mobilizar recursos estatais e sociais em projetos culturais envolvendo uma ampla gama de identidades internas.
Esse movimento global de reenquadramento político-cultural nos convida a repensar o que, de fato, entendemos por participação popular. Se outras formas de administração dos interesses públicos e articulação social podem produzir resultados eficazes, vale a reflexão:
Será a visão ocidental realmente o parâmetro universal que acreditamos?
E você, como enxerga esse momento de inflexão? Deixe suas impressões nos comentários!
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